O Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, representa um momento de reflexão sobre as lutas e vitórias das mulheres ao redor do mundo, em particular as mulheres angolanas. Desde o período colonial, elas desempenharam um papel crucial na resistência pela nossa independência , com figuras como Lucrécia Pinto e Deolinda Rodrigues se destacando como líderes e combatentes. No pós-independência, as mulheres continuaram a ser pilares da reconstrução do país, participando ativamente em diversas áreas e contribuindo significativamente para o desenvolvimento político e social.

Apesar das conquistas, as mulheres angolanas ainda enfrentam desafios persistentes, como a violência doméstica, desigualdade salarial e o acesso limitado à educação e ao mercado de trabalho. Embora a Constituição de 1975 tenha reconhecido a igualdade de direitos entre homens e mulheres, a realidade para muitas mulheres no país ainda é marcada pela discriminação de gênero e a escassez de políticas públicas eficazes para promover a igualdade. A violência contra mulheres e a dificuldade de ascensão a cargos de liderança são questões que exigem atenção urgente.
Hoje, as mulheres angolanas estão cada vez mais presentes na política, economia e cultura, com figuras como a empresária Isabel dos Santos e a escritora Pepetela mostrando o impacto da luta por igualdade. O 8 de março, portanto, é uma data para celebrar essas vitórias, mas também para lembrar dos desafios ainda a ser superados. A luta pela igualdade de gênero é um compromisso contínuo, e o progresso da mulher angolana é vital para o futuro de uma Angola mais justa e inclusiva.