Os 11 municípios da província do Huambo estarão conectados à Rede Elétrica Nacional até 2027, uma iniciativa que visa impulsionar o desenvolvimento econômico do Planalto Central, afirmou o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, durante a inauguração da subestação elétrica de Cachiungo.
Com capacidade de 20 megawatts, a nova subestação interliga a vila de Bela Vista, no Huambo, ao Chinguar, no Bié, beneficiando mais de 1.600 residências. O projeto prevê contratos para todos os municípios, exceto Mungo, e promete um avanço significativo na infraestrutura energética até 2025.
O ministro destacou que Angola já alcançou mais de 60% de energia renovável, incluindo fontes hídricas e solares, e a meta é atingir 73% até o fim do mandato. Ele explicou que a transição para energia limpa reduz custos e oferece soluções sustentáveis para as comunidades.
O governo pretende beneficiar 50% da população angolana com eletricidade até 2027, abrangendo 16 milhões de pessoas. No quinquênio, prevê-se realizar 1,25 milhão de ligações elétricas, com 250 mil novas conexões anuais.
Infraestrutura no Cachiungo
O projeto em Cachiungo inclui a instalação de uma subestação de 220/30 kV, 30 km de rede de média tensão, 15 postos de transformação, 29 km de rede de baixa tensão, 600 pontos de iluminação pública e 1.600 novas conexões domiciliares. Essas melhorias devem economizar 380 milhões de kwanzas por ano, reduzindo gastos com combustível e manutenção.
O governador do Huambo, Pereira Alfredo, destacou que o avanço energético nos últimos três anos já beneficiou municípios como Bailundo, Ecunha e agora Cachiungo. A população local comemora a substituição dos geradores por energia contínua, fator que promove a irrigação, modernização das comunidades e crescimento econômico regional.
Por fim, líderes religiosos e comunitários apelaram à população para cumprir com o pagamento da energia, garantindo a expansão do serviço para outras localidades.