Vivemos numa era onde o entretenimento digital ocupa quase todo o tempo da juventude. Redes sociais, vídeos curtos e conteúdos superficiais têm moldado uma geração com cada vez menos paciência para a leitura e menos interesse pelo saber profundo. E é justamente nesse cenário que o apelo de figuras públicas como Costa Vilola se torna tão necessário: “Agarrem-se aos livros”.

Mais do que um simples conselho, essa frase carrega uma urgência. O conhecimento nunca foi tão acessível quanto hoje, mas também nunca foi tão negligenciado. Muitos jovens confundem informação rápida com conhecimento verdadeiro, e isso é um risco para o futuro. Ler não é apenas acumular palavras, é exercitar o pensamento crítico, expandir horizontes e, acima de tudo, construir autonomia.
Quando Costa Vilola partilha a história de jovens que mudaram de vida graças à leitura e à orientação, ele está a nos lembrar de que é possível. Que o saber transforma. Que o livro ainda é uma das armas mais poderosas contra a ignorância, a pobreza e a estagnação.
Infelizmente, num país com tantos desafios sociais e económicos, o incentivo à leitura ainda não é prioridade. Faltam bibliotecas acessíveis, espaços culturais vivos e políticas públicas que levem o livro ao povo. Mas isso não deve ser desculpa para a inércia. Cada jovem pode começar por si. Pode ler um livro emprestado, procurar conhecimento online de forma consciente ou simplesmente reservar um tempo para refletir sobre algo novo.
É preciso que a juventude reencontre nos livros um caminho para se reinventar. Porque sem leitura, não há pensamento livre. E sem pensamento livre, não há verdadeiro progresso.