Angola está prestes a testemunhar um marco histórico na sua indústria farmacêutica. Nos próximos 18 meses, o país passará a contar com um complexo de produção de medicamentos, um projeto ambicioso que promete fortalecer o sistema de saúde e reduzir a dependência de importações. A cerimônia de lançamento da primeira pedra ocorreu nesta sexta-feira, na Zona Económica Especial, localizada na província do Icolo e Bengo.

O empreendimento é liderado pela empresa Vitaflor e conta com o apoio financeiro do Fundo Soberano de Angola (FSA). A unidade terá uma capacidade impressionante de produção, estimada em 1,7 bilhão de comprimidos e cápsulas por ano, além de 50 milhões de frascos de medicamentos injetáveis, 35 milhões de sacos de soro e 13 mil quilogramas diários de gases medicinais.
De acordo com Nuno Andrade, gestor do projeto, a missão da Vitaflor é oferecer produtos de alta qualidade, contribuindo para uma maior acessibilidade a medicamentos essenciais. “Queremos marcar a diferença pela qualidade e confiabilidade dos nossos produtos, assegurando que os angolanos tenham acesso a tratamentos eficazes e seguros”, destacou em declaração à Rádio Nacional de Angola.
Para o presidente do FSA, Armando Manuel, esta iniciativa vai alavancar significativamente o setor da saúde no país, promovendo não apenas a autosuficiência na produção de medicamentos, mas também a geração de empregos e o desenvolvimento de competências técnicas e científicas no setor farmacêutico.
A construção desta fábrica representa um grande avanço para Angola, trazendo esperança de um futuro onde os medicamentos estarão mais próximos e acessíveis a quem mais precisa.