Angola e Namíbia chegam a acordo sobre construção da barragem de Baynes

Edgar Hurley
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O ministro da Energia e Águas de Angola, João Baptista Borges, afirmou, em Windhoek, que o acordo assinado nesta segunda-feira entre Angola e Namíbia para a construção e operação da barragem de Baynes é um marco importante na cooperação energética e representa um passo significativo para a criação de riqueza sustentável para ambos os países. A assinatura do acordo foi considerada um momento crucial para o fortalecimento das relações bilaterais e para o desenvolvimento das infraestruturas energéticas na região.

A barragem de Baynes, que será construída ao longo do rio Zambeze, na fronteira entre Angola e Namíbia, tem o potencial de gerar energia elétrica que beneficiará não apenas os dois países diretamente envolvidos, mas também toda a região da África Austral. De acordo com o ministro João Baptista Borges, a parceria entre Angola e Namíbia permitirá que ambos os países desenvolvam de maneira conjunta uma fonte de energia renovável e sustentável, essencial para o crescimento económico e para a melhoria das condições de vida das populações.

O projeto da barragem de Baynes tem um grande significado para Angola, que busca diversificar suas fontes de geração de energia e expandir sua capacidade de produção de eletricidade. A Namíbia, por sua vez, também enfrenta desafios no abastecimento energético, e a barragem representa uma solução estratégica para o seu crescente consumo de energia. A construção da infraestrutura energética será uma solução importante para os dois países, ajudando a reduzir a dependência de fontes de energia não renováveis e promovendo a integração energética regional.

O acordo inclui não apenas a construção da barragem, mas também a operação conjunta da mesma, com Angola e Namíbia dividindo os benefícios da geração de eletricidade, que será distribuída entre os dois países. A energia produzida pela barragem será crucial para suprir as necessidades internas de ambos os países, além de possibilitar a exportação de eletricidade para outros países da região da SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral), o que poderá gerar receitas adicionais e promover o desenvolvimento regional.

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João Baptista Borges ressaltou que o projeto da barragem de Baynes é parte de uma estratégia mais ampla para o desenvolvimento do setor energético em Angola, que inclui a construção de novas infraestruturas e o investimento em fontes de energia renováveis, como a hidroelectricidade, a energia solar e outras alternativas. O ministro destacou que, além de gerar energia, a construção da barragem trará benefícios econômicos em termos de criação de empregos e desenvolvimento de capacidades locais, especialmente nas áreas de engenharia, construção e gestão de recursos hídricos.

O acordo também tem um impacto positivo nas relações diplomáticas entre os dois países, que há anos colaboram em vários projetos de infraestrutura e desenvolvimento. O projeto da barragem de Baynes é um exemplo claro de como a cooperação regional pode resultar em benefícios mútuos, reforçando a solidariedade e a integração no continente africano.

A construção da barragem é vista como uma oportunidade para promover a paz e a estabilidade na região, utilizando os recursos naturais de forma sustentável e colaborativa. Além disso, ao melhorar a oferta de energia elétrica e reduzir os custos de produção, o projeto tem o potencial de atrair investimentos em outros setores, como a indústria, a agricultura e os serviços, contribuindo para um crescimento econômico sustentável e para a criação de uma base sólida para o desenvolvimento futuro.

Com este acordo, Angola e Namíbia dão um passo importante na construção de um futuro mais próspero e sustentável para suas populações, reafirmando o compromisso com o desenvolvimento regional e a integração energética, fundamentais para o progresso da África Austral como um todo.

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