Angola deve desenvolver soluções baseadas na ciência e tecnologia para garantir o aumento da produtividade, defendeu, quarta-feira, em Luanda, o secretário de Estado para a Agricultura e Floresta, João da Cunha, na 1ª Conferência sobre Agricultura 3.0, organizada pela revista “África Lusófona”.
O Estado, por via do Ministério da Agricultura de Florestas, tem trabalhado para introduzir inovação no sector, por forma a gerar capacidade para processos de natureza tecnológica, adiantou o secretário de Estado, para ilustrar a política do Governo no domínio do desenvolvimento tecnológico.
João da Cunha lembrou que o Plano de Desenvolvimento Nacional 2023-2027 definiu, como prioridade, o relançamento e diversificação da produção, para a redução do défice, elevação dos níveis de nutrição nas comunidades e as condições de vida à população.
O responsável assegurou que, a nível do sector da Agricultura Empresarial, o Ministério vai continuar a incentivar o investimento em projectos que contribuam no aumento da produção de cereais, oleaginosa, leguminosas, frutas e tubérculos, bem como na produção animal, com vista a diminuir a importação.
Participantes num painel que abordou o tema “Conectividade e Transformação Digital na Gestão do Agronegócio”, consideraram haver níveis razoáveis de tecnologia associada à agricultura em Angola, com o docente universitário Domingos Neto a declarar ser necessário o envolvimento da academia no processo de pesquisa, no ramo da agricultura e estudos de impactos ambientais, para que o país saía da situação alimentar em que se encontra.
Luciano Luledia, chefe do Departamento de Desenvolvimento de Aplicações Espaciais, afirmou que o Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN) pode prover apoio à produção agrícola, com a identificação do potencial de produtividade dos solos.