A economia nacional deverá registar um crescimento de cerca de 3 por cento, no segundo trimestre deste ano, estimou esta Segunda-feira o secretário de Estado para o Planeamento, sublinhando a necessidade de consistência nos níveis de produção do país.
Luís Epalanga, que falava em conferência de imprensa sobre a evolução do Produto Interno Bruto (PIB), no primeiro trimestre de 2024, salientou que os dados sobre o desempenho do sector não petrolífero, nomeadamente agricultura, pesca, diamantífero e indústria, no segundo trimestre deste ano, estão em fase de conclusão.
“Quando dispormos desses números mais apurados poderemos ter dados mais concretos (…), mas está perto de 3 por cento, no segundo trimestre”, referiu.
A economia nacional registou um crescimento de 4,6 por cento no primeiro trimestre do ano, em termos homólogos, o maior aumento verificado desde o primeiro trimestre de 2015, de acordo com dados do INE.
Segundo Luís Epalanga, essencialmente desde Maio que se vem assistindo a um impacto positivo, sobretudo do sector produtivo, com destaque para a agricultura, na trajectória da inflação.
“A inflação em Fevereiro situou-se em 2,58 por cento, depois passou para 2,54 por cento, voltamos a ter o pico de 2,61 por cento, por causa do ajustamento do preço dos transportes, e ela estabilizou o mês passado em torno de 2,41 por cento, e as nossas previsões para o mês de Junho é que ela venha a estar muito próximo de dois ou muito abaixo disso”, sublinhou.
O governante realçou que se forem mantidos os “níveis de produção que são reflectidos pelo PIB de forma sustentada” e um crescimento positivo sequencial, “certamente que o nível geral de preços vai estabilizar ou pelo menos terá uma tendência de redução”.
“O fundamental era focarmo-nos na manutenção dos níveis de produção para que depois tenha impacto sobre a disponibilidade de bens e tenha impacto sobre o nível de preços dos bens amplamente consumidos”, vincou.
Luís Epalanga salientou que se o país continuar a verificar taxas de crescimento positivas, como vem acontecendo desde o terceiro trimestre de 2023, vai gerar renda para as famílias e contribuir para a diminuição dos níveis de desemprego.
A Folha de Informação Rápida (FIR) referente às Contas Nacionais do I trimestre de 2024, comparativamente ao trimestre anterior, indica que o PIB cresceu 2,1 por cento, considerando a série com ajuste sazonal, com desempenhos positivos da construção, transportes e armazenagem, além do sector do petróleo e gás natural, o que tem maior destaque.
O PIB no primeiro trimestre deste ano totalizou 18.327.957 milhões kwanzas, sendo 180.473 milhões kwanzas devido aos impostos sobre produtos, líquidos de subsídios.
As actividades que mais contribuíram para o desempenho da actividade económica neste período, segundo o INE, foram a extracção e refinação do petróleo bruto e gás natural, com 30,4 por cento, e o comércio (26,8 por cento).