Angola produz mil toneladas de sal por dia

Angola está a produzir, actualmente, mil toneladas de sal por dia, com uma parte significativa da produção destinada à exportação para mercados da África e Europa, anunciou, ontem, em Luanda, o presidente do Conselho de Administração das Salinas Calombolo.

Adérito Areias, que falava à imprensa na 1.ª edição do AgroSummit, sob o lema “Os Grandes Desafios e Oportunidades da Produção Nacional, Programas de Financiamento, Certificação em Boas Práticas Agrícolas e Exportação”, esclareceu que o país conta com cerca de 100 mil toneladas de sal armazenadas na província de Benguela, estando em curso negociações para a colocação do produto em países como São Tomé e Príncipe, República Democrática do Congo e nações europeias com climas frios, onde o sal é amplamente utilizado para o degelo das estradas.

“Temos um potencial enorme, a nossa ‘Flor do sal’ é muito apreciada, sobretudo pelos consumidores britânicos. Já estamos a tratar da certificação para garantir exportações regulares para a Europa”, salientou.

Adérito Areias referiu que o processo de certificação e legalização da exportação de sal angolano tem enfrentado trâmites burocráticos complexos, levando, em alguns casos, até quatro meses para a emissão de certificados.

 Ainda assim, disse estar optimista quanto ao futuro da indústria salineira nacional.

“Há muita exportação feita de maneira informal, o nosso objectivo é legalizar todos os processos, sendo que temos produto de qualidade e capacidade logística para fornecer grandes volumes de sal a mercados exigentes”, garantiu.

Angola, ressaltou, tem todas as condições para se tornar líder regional na produção e exportação de sal, principalmente na consolidação de rotas comerciais sustentáveis, e na valorização dos produtos nacionais com potencial de exportação.

Produção agrícola

Adérito Areias destacou, ainda, a importância da produção agrícola associada à exportação, lembrando que produtos como manga, banana e ananás devem ser progressivamente incluídos nos planos de exportação.

 “Temos de garantir que quem produz saiba que vai vender e isso estimula a cadeia produtiva”, frisou.

O PCA enalteceu, igualmente, a iniciativa privada que fomenta espaços de diálogo sobre a diversificação das exportações nacionais para o envolvimento de mais operadores logísticos, transportadoras aéreas e marítimas, para assegurar o escoamento eficiente dos produtos angolanos.

“A exportação deve ser tratada como um pilar estratégico da nossa economia. Não só o sal, nós temos muito para oferecer ao mundo, desde que os entraves burocráticos sejam reduzidos e haja maior apoio institucional”, realçou.

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