Angola tem apenas 2,48 médicos por cada 10 mil habitantes, ficando abaixo da densidade recomendada pela Organização Mundial de Saúde, de dez médicos por 10.000 habitantes.
Os dados constam do último anuário sanitário de Angola, consultado pela Lusa, relativo ao ano de 2021, segundo o qual os médicos estão essencialmente concentrados no sector público.
Existem ainda 16,45 enfermeiros e 3,91 técnicos de diagnóstico terapêutico por cada 10.000 habitantes, indica-se no documento.
O sector da saúde no país conta com 3162 unidades, incluindo 13 hospitais nacionais, 32 especializados, 18 gerais, 167 municipais e 105 centros materno-infantis, e 3768 unidades sanitárias privadas para atender uma população superior a 32 milhões de habitantes, caracterizada por uma alta fecundidade e uma elevada mortalidade.
Das 34.610.371 consultas realizadas – mais 6.056.130 do que o ano anterior – 14.082.949 foram em hospitais e as restantes em centros e postos de saúde, sendo as especialidades de pediatria e medicina as mais procuradas.
Foram admitidos nos hospitais um total de 1.028.748 doentes o que representa 3,3 admissões por cada 100 habitantes, 25.223 mais do que o período homólogo, sendo as especialidades de pediatria e obstetrícia as que tiveram o maior número de admissões.
Os hospitais nacionais internaram 140.306 doentes, 32.871 mais que o ano anterior, sendo as mesmas especialidades as que registaram o maior número de internamentos, com os pacientes a permanecerem internados nos hospitais, em média, cinco dias.
Em média, morreram cinco pacientes por cada 100 que saíram do hospital.
A mortalidade institucional por doenças de declaração obrigatória foi de 100,48 mortes por cada 100 mil habitantes, sendo as principais causas de morte a malária, a malnutrição grave e pneumonia grave em menores de cinco anos, representando 52 por cento do total das mortes.