O satélite ANGOSAT-2 tem impulsionado o desenvolvimento do sector agrícola, alinhado ao Plano de Desenvolvimento Nacional 2023–2027, com foco na autossuficiência alimentar. A afirmação é do ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira, em entrevista ao Jornal de Angola, no âmbito dos preparativos para a ANGOTIC-2025.
Segundo o ministro, mais de 80% da banda C e 30% da banda Ku do satélite já foram comercializados, com previsão de atingir 60% até Dezembro, beneficiando principalmente operadores nacionais.
A expansão dos serviços visa reforçar a inclusão digital e melhorar a conectividade em áreas como Defesa, Agricultura, Educação, Saúde e Urbanismo, entre outros sectores estratégicos. O ANGOSAT-2 também já presta serviços à Zâmbia e prepara parcerias com a África do Sul, em colaboração com operadores internacionais como a IntelSat.
Impacto regional e metas globais
Mário Oliveira defendeu que o satélite coloca Angola como um ator de peso no sector das TIC em África, alinhando-se à Agenda 2030 da ONU e à Agenda 2063 da União Africana. A maior autonomia digital está a reduzir a dependência externa e os custos operacionais.
Operadoras como Infrasat, MSTelcom e ITA expandem os seus serviços com base na capacidade do ANGOSAT-2, com impacto direto nos sectores petrolífero, mineiro, financeiro e agrícola.
Conectividade e inclusão digital
O programa “Conecta Angola” já levou internet gratuita a mais de 350 mil cidadãos em zonas recônditas, com a instalação de 23 kits em 16 províncias. Até ao momento, Angola conta com cerca de 30.000 km de fibra óptica, ligando capitais provinciais e comunas.
Além disso, estão em curso projectos como a “Rede Nacional de Banda Larga”, “Iluminar Angola” e a expansão de mais 2.400 km de fibra, com capacidade de até 1 Tbps, visando acelerar a transformação digital inclusiva e sustentável.
