Celebrado esta terça-feira, o Dia Mundial da Voz serviu de alerta para os cuidados com este recurso vital, especialmente para quem depende dele profissionalmente, como jornalistas de rádio e televisão. Alterações climáticas, stress diário e poluição atmosférica são algumas das ameaças à saúde vocal, segundo os profissionais ouvidos pelo Jornal de Angola.

Para Ngonga Francisco, da Rádio Nacional de Angola (RNA), a voz é um símbolo de identidade e confiança com a audiência. Defende que cuidar da voz implica também preservar o ambiente. Já Odília Mbande, da Televisão Pública de Angola (TPA), evita bebidas geladas e noites mal dormidas para manter a voz saudável, enquanto Gilceu de Almeida, da RNA em Benguela, destaca o consumo de água e frutas como prática essencial.
Margarida Bravo (TPA – Cuando Cubango) vê a voz como uma marca pessoal que transmite identidade, mesmo sem mostrar o rosto. Carlos Jorge (RNA – Malanje) é mais prático: não faz tratamentos específicos, mas evita o frio e líquidos gelados.
Outros profissionais, como Pelicano Baptista (RNA – Cuando Cubango), Luís Mamana (Rádio Zaire), Eduardo Júnior (TPA – Zaire), e Maria Ivone de Lourdes (Rádio Huambo), defendem a naturalidade vocal e cuidados com a alimentação. Gindungo, jinguba e líquidos frios são citados como prejudiciais.
Fernando Chicapa (Rádio Bié) e Miguel Manuel (TPA) reforçam a importância de técnicas vocais, hidratação e treino constante. “Quem cuida da mente e do corpo, cuida da voz”, resume Miguel. Celestino Chiwila (TPA – Bié) sublinha a necessidade de boa entoação e eloquência. Já Isalino Paulo (Rádio Cuanza-Sul) lembra que, além de técnica, é preciso responsabilidade e autenticidade na locução.
Em comum, todos concordam: a voz é mais do que um som — é a alma do comunicador.