Formação profissional dos reclusos é reforçada

Edgar Hurley
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A Unidade Penitenciária do Huambo, localizada no bairro Cambiote, aposta no reforço das acções de humanização, com vista à reintegração social dos reclusos, através da promoção da formação técnico-profissional e académica, afirmou, ontem, o director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa da Delegação Provincial do Ministério do Interior.

O superintendente-chefe, Martinho Satito, referiu que além da componente de formação, a população penal tem sido incentivada à prática da actividade agrícola, para a melhoria da sua dieta alimentar.

O responsável revelou que o Estabelecimento Penitenciário do Huambo controla neste momento 1.502 reclusos, entre detidos e condenados, que estão integrados nas acções de capacitação do Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional, INEFOP.
A formação técnico-profissional e académica dos reclusos, visa dotar os cidadãos em conflito com a lei, de conhecimentos que permitam a sua reintegração social, depois do cumprimento das penas e por via disso, a criação de condições para a sua auto-sustentabilidade.

Martinho Kavita Satito informou que cerca de mil reclusos, encontram-se a frequentar cursos profissionais nas áreas de Alvenaria, Serralharia, Carpintaria, Pastelaria, Decoração e Culinária, com direito a certificados reconhecidos pelo INEFOP.

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No presente ano lectivo, 489 reclusos estão matriculados no I e II ciclos do Ensino Secundário, no âmbito das acções de formação.

Aumento da produção agrícola

O chefe do Departamento de Produção e Actividades Económicas da Unidade Prisional do Huambo, superintendente prisional, Ricardo Samba de Jesus, disse que a instituição dispõe de mil e 101 hectares de terra, na comuna do Sambo, município da Chicala Cholohanga, destinados à agricultura.

Na campanha agrícola 2023/2024, a comarca colheu mais de 500 toneladas de produtos diversos, com destaque ao milho, massambala, hortícolas, batata rena , doce e feijão, sublinhando que na presente época,, foram preparados 150 hectares para o cultivo de cereaise outros produtos.

De acordo com o responsável, estão, igualmente, reservados para a outra fase 20 hectares, para a produção de repolho, tomate, cebola, couve, beterraba, cenoura, pimento, quiabo, beringela, salsa e batata rena.

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A unidade produz comida suficiente para os reclusos e o excedente serve para os fins comerciais, para a aquisição de outros bens de primeira necessidade da população penal internada nas cadeias dos Serviços Penitenciários do Huambo.

Para a concretização do projecto agrícola, a comarca conta com o envolvimento de dois engenheiros agrónomos, que acompanham a actividade, um médico veterinário e uma mão-de-obra composta por 420 reclusos, disse o responsável.
O meios existentes na unidade, não são suficientes, nesse momento são necessários equipamentos como moto-bombas, mangueiras, enxadas, catanas e outros.

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