Kool Klever “Puto do Palanca” cruza hip-hop com música erudita

Isaías Raposo
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Um dos pioneiros do movimento hip hop nacional juntou-se ao Atelier D’Artes Lucengomono para um concerto onde juntou o rap e outros estilos.

Um conceito inovador foi a proposta criada para o concerto “Voar com os pés no Chão” levado sábado no anfiteatro Wyza da Fundação Arte e Cultura, por Kool Klever. Como artistas convidados estiveram Melvi Lumbungululo, Walter Ananás, Jeff Brown, Phedhilson e Dji Tafinha.

A produção do evento esteve a cargo do Atelier Lucengomono e o espectáculo teve a direcção artística do tenor Emanuel Mendes. Moisés Luís fez a apresentação do projecto que misturou o hip-hop à música clássica. O artista dividiu o concerto em quatro momentos da vida: Infância, hip-hop, consciência social e política e a fase da maturidade. O concerto “Voar com os pés no chão”, de Kool klever, realiza-se na sequência da temporada artística denominada “Concertos aos 50” protagonizado pelo artista, que culminou em Abril de 2023, no palco do Palácio de Ferro.

 
Black Woman encerrou “Voar com os pé mo chão”

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Kool Klever foi ao álbum “Kooltivar (Paginas rimadas do livro da minha vida)” para abrir o concerto e a primeira parte a dedicar à infância e adolescência. A música escolhida foi ” Ghetto Dreams”. Com Melvi Lumbungululo fez parceria em “Nós Somos” e deram uma revirada em ” Mona ki ngi Xiça” de Bonga. A presença da cantora lírica foi a retribuição do convite pela participação do concerto desta em Novembro do ano passado e que motivou a realização deste concerto.

A segunda parte foi direccionada a afirmação no hip hop, Kool Klever partilhou o palco com X da Questão em “Hip Hop” e teve a coreografia da dupla de B-Girls( bailarinas) Change e Gama. Temas como ” Convicção” e “Verbalização” mexeram a assistência e contou com a participação do jovem Phedilson.

A fase da consciência social e política trouxe canções que marcam o seu posicionamento como cidadão. O coro do público surgiu em “Filhos da Luta” e ” A Luta Continua” no momento de maior agitação. Walter Ananás subiu e  fez  o  dueto para colocar a voz em “Meninos no Huambo”. Jeff Brown foi outro dos convidados e da era do SSP agradeceu Deus em “Meu Senhor” dueto com Melvi.

No último momento, o da maturidade, Kool Klever partilhou com Dji Tafinha e contou os meandros das parcerias musicais entre os dois. Nesta fase levou “Não era para ser assim”, “Voar é com os pés no chão” e outros sempre com a interacção do público.

Para fechar o espectáculo cantou “Black Woman” tema que juntou vários artistas em palco. Ndaka Yo Wiñi distante dos palcos nacionais foi enquadrado e proporcionou a surpresa da noite.

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A cantora lírica Tina Bunga saiu da zona de conforto e actuou como corista e segunda voz em vários temas de Kool Klever, mostrando que tem inclinação para o estilo. Do mesmo modo Max de Jesus (guitarra), Fineza André e Raimundo (Violinos), Gonçalves (Viola), Gabriel Bochi (Cello), Rufino (Contrabaixo) e Pedro Baltazar (Percussão) que se juntaram ao dj de Kool Klever.

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