Leilão de gado rende 150 milhões de kwanzas aos criadores 

Isaías Raposo
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O leilão de animais diversos, expostos na Feira do Gado, que decorreu desde quarta-feira até domingo, rendeu aos produtores da Cooperativa dos Criadores de Gado do Sul de Angola (CCGSA) 150 milhões de kwanzas.

Os dados a que o Jornal de Angola teve acesso atestam que das 895 cabeças de gado bovino, caprino e suíno melhorados, assim como aves, foram vendidas 550, maioritariamente novilhos destinados à criação.

Constou também que a venda de animais foi impulsionada por estreantes e antigos ganadeiros, provenientes das províncias do Cuanza-Sul, Benguela, Huambo, Luanda, Malanje, Cunene, Cuando Cubango, Namibe e Huíla, na qualidade de anfitriã.

O director Comercial da Cooperativa dos Criadores de Gado do Sul de Angola, Lutero Campos, considerou que “sem consentir constrangimentos causadas pela falta de divisas, clima com variações constantes, acessos às zonas agro-pecuárias e outras dificuldades que têm embaraçado a actividade pecuária, continua a haver trabalho árduo dos criadores”.

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Lutero Campos referiu ainda que os resultados dos investimentos dos ganadeiros das províncias da Huíla, Namibe e Cunene foram apresentados na feira, onde anunciaram os resultados dos investimentos, sanidade, formação, técnicos de diversas áreas e outros.

“A região Sul já possui, actualmente, uma notória diversidade visível de gado capaz de se confundir com determinadas regiões do mundo, como Portugal, Brasil, África do Sul e Namíbia, por possuir animais semelhantes aos das três províncias do Sul de Angola”, argumentou.

Na feira, disse, os visitantes ficaram surpresos com o gado fêmea, com mais de duas toneladas de peso e respectivas crias, exemplificando as actuais raças, notadamente Zebús, Busbower, Brahman, Simbra, Bonsmara, Nelore Ambaras e outras.

Para o criador, as actuais raças chegam a pesar mais de uma tonelada, facto que com um projecto de massificação nas 18 províncias do país vai ser possível criar-se excedente favorável para reduzir os preços nos mercados locais e apostar-se na exportação, numa primeira fase na África Austral e, posteriormente, para o mundo inteiro. Urge também assinalar que o actual efectivo animal ronda os 3,2 milhões, sendo que 29 mil são de gado bovino e caprino melhorados.

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