Um total de 19 milhões 745.145 metros quadrados de terra ficou livre de minas nos últimos anos, o que permitiu maior circulação de pessoas e bens, assim como facilidade dos camponeses na prática da agricultura, e na implementação de projectos habitacionais no Huambo.
A informação foi avançada, quarta-feira, pelo director-geral da Agência Nacional de Acção contra Minas (ANAM), Leonardo Sapalo, durante um encontro de auscultação mantido com as comunidades, relacionado com as áreas livres de minas.
O director disse que nestes espaços antes minados, foram removidos cerca de 14.438 minas diversas, entre anti-pessoais e anti-taques, 11.259 engenhos explosivos não detonados.
Ao longo do conflito armado, disse, Angola foi um dos países mais minados do mundo, onde foram identificadas mais de 3.293 áreas suspeitas de contaminação de minas.
Leonardo Sapalo garantiu que todos os esforços estão a ser feitos, para que a província seja declarada como zona livres de áreas minadas.
Assegurou que a ANAM tem vindo a desenvolver um árduo trabalho para apurar verificar a existência de eventuais áreas, ainda suspeitas de minas e engenhos explosivos, no sentido de concluir com a sua remoção e destruição.
O vice-governador do Huambo para os Serviços Técnicos e Infra-estruturas, Elmano Inácio, frisou que o Programa Nacional de Desminagem, desempenha um papel importante na criação de condições de segurança, para que as comunidades desenvolvam as suas obrigações sociais e económicas, bem como a implementação de vários projectos.
Elmano Inácio lembrou que não se pode negligenciar a importância da educação cívica, sobre o perigo de minas e outros engenhos explosivos remanescentes da guerra, bem como da promoção da assistência e reinserção social das vítimas destes artefactos.
O governante afirmou que o Governo Provincial do Huambo e o Comando Provincial da Polícia Nacional estão preocupados com os acidentes causados por engenhos explosivos não detonados, ocorridos na região que têm vitimado muitas crianças.
Elmano Inácio disse que a venda do material ferroso feito, maioritariamente, por crianças é um acto condenável, tendo defendido a sua proibição, por constituir perigo, e lembrou que há dois anos, a província registou um caso, que vitimou cinco crianças.