Um total de 152 crianças de mães portadoras do VIH-Sida nasceram livres da doença, durante este ano, na província do Huambo, fruto dos programas implementados pelo Ministério da Saúde.
A informação foi avançada, ontem, no município do Chicala Cholohanga, pelo supervisor provincial do Programa de Luta Contra o VIH-Sida, Euclides Chipalavela, por ocasião do Dia Mundial da Luta Contra o VIH-Sida assinalado a 1 de Dezembro.
Euclides Chipalavela disse que a campanha do corte de transmissão vertical, implantado em vários hospitais, tem contribuído para a redução do contágio do VIH-Sida, da mãe para os recém-nascidos.
Segundo o responsável do programa, a transmissão vertical é a passagem de uma doença ou infecção de uma mãe para o seu bebé, podendo ocorrer durante a gestação, o parto ou a amamentação. Acrescentando que, tal situação pode ocorrer quando o bebé entra em contacto com fluidos contaminados, como o líquido amniótico ou o lei- te materno.
De acordo com o supervisor do programa , a transmissão vertical é a principal via de infecção de crianças com HIV e outras Infecções sexualmente transmissíveis (IST). A presença dessas doenças pode causar complicações como aborto, parto prematuro, doenças congênitas e até mesmo a morte do recém-nascido
Já o corte de transmissão vertical, explicou, tem como objectivo prevenir a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) de uma mãe para o seu feto ou recém-nascido.
O supervisor sublinhou que durante este ano, a província do Huambo registou 2.037 novos casos de Sida, deste número, nove acabaram por morrer em consequências da doença, enquanto que no ano passado, foram detectados 2.405 infecções, totalizando 16.534 casos positivos controlados pelas autoridades locais.
O responsável garantiu que uma das apostas para o próximo ano é continuar com a expansão do corte de transmissão vertical em todas as unidades sanitárias, para baixar o índice de crianças infectadas pela doença.
Revelou, igualmente, a necessidade da formação dos profissionais da Saúde, em todos os municípios, para que saibam os perigos e as consequências do VIH-Sida e passarem a informação aos pacientes, que ocorrem nas respectivas unidades sanitárias, no sentido dos cidadãos aderirem aos testes em massa, assim como os que estão em medicação, a não desistirem do tratamento.
O dirigente assegurou, que nos últimos tempos, a descriminação da pessoa que vive com o VIH-Sida tem reduzido significativamente, fruto de trabalhos de sensibilização nos municípios.
O supervisor reprovou o comportamento de cidadãos infectados pelo vírus que recorrem ao tratamento tradicional, deixando de parte os antirretrovirais, o que faz agravar o estado de saúde.
O responsável assegurou que em termos logísticos, a província está bem servida, não há razões de queixas, porque foram distri- buídos medicamentos em todos os municípios, correspondentes ao último trimestre de 2024.