O candidato presidencial Venâncio Mondlane afirmou esta segunda-feira que o recurso apresentado ao Conselho Constitucional “apresenta fortes fundamentos” da sua “vitória inequívoca”, pelo que rejeita a possibilidade de repetição das eleições gerais de 09 de Outubro.
Dois dos quatro candidatos presidenciais, Lutero Simango, que é também presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), e Ossufo Momade, líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), os atuais dois maiores partidos da oposição em Moçambique, já exigiram a anulação do processo eleitoral e a repetição das eleições, alegando fraude e diversas irregularidades.
Sobre o assunto, o professor universitário moçambicano, Arsénio Cuco pensa que, o que está em causa das manifestações vão além das eleições, os jovens moçambicanos estão a aderir as manifestações devido a uma série de frustrações sociais mal resolvidas.
O académico disse não ter dúvidas da vitória da FRELIMO, mas vê a democracia em perigo no parlamento, onde o partido no poder terá 195 assento, transformado Assembleia de um único partido, o que não é bom para o processo democrático, dai aderência das populações nos protestos.
Já, o cientista político, Eurico Gonçalves, reconhece que a campanha eleitoral naquele país do indico foi renhida, e esperava por um resultado apertado, e defende a recontagem dos votos, Eurico, questiona por outro lado o papel dos observadores internacionais.
