O talentoso músico angolano Landrick irá representar Angola no Prêmio Trace Awards 2025, que acontecerá na próxima quarta-feira, em Zanzibar, Tanzânia. A informação foi confirmada ontem pelo próprio artista durante uma visita às instalações da Edições Novembro, proprietária do Jornal de Angola e outros títulos da imprensa nacional.

Reconhecimento internacional
Em declarações, Landrick destacou a importância do evento, que reúne artistas de vários países africanos e da diáspora. Ele concorre na categoria Melhor Artista da Lusofonia, ao lado de nomes como Calema (São Tomé e Príncipe), Chelsea Dinorath (Angola), Twenty Fingers e Mr. Bow (Moçambique) e Soraia Ramos (Cabo Verde).
“Celebrar dez anos de carreira e ser reconhecido a nível africano é uma conquista que vai além de mim, é uma vitória para a cultura angolana. O caminho é desafiador, mas cada sacrifício e noite mal dormida valeram a pena”, afirmou o cantor emocionado.
Parceria com o Jornal de Angola
Durante a visita à Edições Novembro, Landrick revelou que recebeu um convite para uma parceria cultural com o Jornal de Angola. Segundo ele, a proposta é muito positiva, mas ainda necessita de ajustes antes da assinatura do contrato, envolvendo também sua equipe de trabalho.
O artista aproveitou a oportunidade para agradecer aos seus fãs e ao público angolano pelo apoio constante. “Nunca desistam dos seus sonhos. Com força, fé e foco, qualquer um pode vencer. Sou grato aos meus produtores e a todos que trabalham comigo nessa caminhada”, disse.
Apelo ao apoio cultural
Landrick fez uma chamada de atenção para a falta de apoio de algumas instituições e empresários aos artistas que desejam crescer, mas encontram barreiras financeiras. Segundo ele, muitos talentos acabam desistindo por falta de incentivo.
Trajetória e conquistas
Landrick, cujo nome verdadeiro é Lando Samuel Ndombele, nasceu no bairro Mabor-Malueca, no Cazenga, em Luanda, a 11 de novembro de 1989. Ele iniciou os estudos primários no Colégio 16 de Junho, e por influência familiar, desenvolveu uma paixão pela música desde cedo. Inspirado por artistas como Anselmo Ralph, Yuri da Cunha e Matias Damásio, encontrou no canto sua verdadeira vocação.
O músico deu os primeiros passos profissionais ao ingressar na Igreja Adventista do Sétimo Dia, onde teve aulas de música e solfejo. Em 2008, participou de um concurso para se tornar vocalista da banda do Instituto Médio Industrial de Luanda (IMIL), sendo aprovado e tornando-se um dos cantores principais do grupo.
Seu primeiro grande sucesso veio com a canção “Me agarra só um”, que o projetou no cenário musical angolano. Posteriormente, assinou contrato com a produtora Bom Som, liderada por Anselmo Ralph, consolidando sua trajetória no mercado musical. Durante um período de dois anos em Portugal, dedicou-se à produção do seu primeiro álbum. Uma das faixas mais especiais do projeto foi composta em homenagem à sua falecida mãe, expressando seu amor e saudade.
Agora, com uma década de carreira e uma indicação ao Prêmio Trace Awards, Landrick segue determinado a fortalecer ainda mais a música angolana no panorama internacional.