O país vai voltar a parar, arranca na próxima segunda-feira, 22, a segunda fase da greve geral, depois de fracassadas as negociações entre as centrais sindicais e a entidade patronal, representada pelo Ministério de Administração Pública, Trabalho e Segurança Social.
O porta-voz do certame, Teixeira Cândido, apelou a “todos os trabalhadores angolanos a consentir o sacrifício e aceitar os descontos das faltas”, a fim de dizer que “não queremos salário de indigência”.
“Basta dos salários de miséria aos homens e mulheres que se levantam todas as manhãs para voltar tarde, depois de empregar o seu esforço, não receber um ordenado digno”, afirma Teixeira.
Pediu ainda coragem e determinação a todos trabalhadores de Cabinda ao Cunene, para aderirem a segunda fase da greve, por entender que “a providência divina não vai trazer pães à mesa, é necessário lutar para a dignidade, com base a Constituição e as leis vigentes no nosso país”, frisou.
A primeira fase da greve geral da função pública decorreu de 20 a 22 de Março deste ano. Em causa está, dentre outras reivindicações, o ajustamento do salário da função pública em 250 por cento, e um ajustamento do salário mínimo nacional, inicialmente na ordem dos 245 mil kwanzas, agora reduzido para 100 mil kwanzas.