RDC: quase 200 reclusos serão executados, revela ministro da Justiça

Edgar Hurley
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Mais de 170 reclusos no corredor da morte foram transportados de Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, para uma prisão de alta segurança no norte do país, onde serão executados, anunciaram hoje as autoridades congolesas.

No domingo, foram transportados 70 dos condenados, disse o ministro da Justiça congolês, Constant Mutamba, que se juntaram a 102 outros prisioneiros que já tinham sido enviados para a prisão de Angenga, na província de Mongala, no norte do país.

Os homens foram condenados por assalto à mão armada e são conhecidos localmente como ‘Kulunas’ ou bandidos urbanos.

Alguns cidadãos saudaram a medida como um meio de restaurar a ordem e a segurança nas cidades, enquanto outros estão preocupados com os riscos de abusos e violações dos direitos humanos.

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“Felicitamos esta decisão do ministro porque vai ajudar a pôr termo à criminalidade urbana. A partir das 20 horas, não se pode circular livremente porque se tem medo de encontrar um ‘Kuluna’”, disse à Associated Press Fiston Kakule, um residente da cidade de Goma, no leste do país.

A RDC, país vizinho de Angola, aboliu a pena de morte em 1981, mas esta foi reintroduzida em 2006. A última execução ocorreu em 2003. Em Março de 2024, o Governo congolês anunciou o reinício da pena capital em casos de traição por parte de militares.

Em Maio, oito soldados foram condenados à morte e, em Julho, mais 25 soldados foram condenados por crimes semelhantes. Todavia, não se sabe se algum deles foi executado.

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