O apelo foi feito durante o diálogo estratégico de alto nível sobre a aceleração do Movimento Sem Visto para a Transformação de África, realizado esta quarta-feira, 12, na sede da União Africana (UA) em Adis Abeba, na Etiópia.

A Comissão da União Africana (CUA) e o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), instaram os líderes africanos a removerem as barreiras ainda existentes em relação à liberação de visto para a livre circulação pelo continente, no quadro da integração regional.
O comissário da União Africana para o Desenvolvimento Económico, Comércio, Turismo, Indústria e Minerais, o zambiano Albert Mudenda Muchanga, disse ser difícil falar de uma África unida quando os próprios africanos estão impossibilitados de se mover, de forma livre, dentro do próprio continente.
Já o vice-presidente de Desenvolvimento Regional, Integração e Entrega de Negócios do BAD, referiu que a visão de uma África integrada não acontecerá por acaso.
Nnenna Nwabufo sublinhou que a concretização deste desiderato dependerá, em certa medida, de uma liderança ousada e um comprometimento colectivo, para “desmantelar” o que chamou de “barreiras de visto”.
A 9ª edição desta iniciativa, de acordo com a organização continental revela que embora alguns países, como o Rwanda, Gâmbia, Seychelles, Benin e Ghana, tenham adoptado políticas de isenção de visto, muitos outros ainda permanecem restritivos, numa ordem de mais de 50 por cento de países a exigir vistos para a maioria dos africanos.