A arrecadação média da Empresa Pública de Águas e Saneamento do Cuanza-Sul (EPASKS) está situada em 35 milhões de kwanzas por ano, quando os custos operacionais ascendem a 46 milhões, afirmou o director comercial da companhia, para assinalar um défice de 11 milhões que, pode explicar algumas críticas dos consumidores.
Edilson Rita disse que a operação da EPASKS é afectada por dívidas acumuladas dos consumidores cifradas em 314 milhões de kwanzas, em que 231 milhões são referentes a clientes particulares, 23,7 milhões a clientes do sector público e 59 milhões de outros fornecimentos.
A empresa tem um total de 13.675 ramais de distribuição de água, 10.881 dos quais com contratos, mas apenas 7.234 clientes cumprem as obrigações, afirmou o director comercial da EPASKS.
O desempenho da empresa também é afectado pela vandalização de bens que, só no último trimestre do ano passado, provocou perdas financeiras na ordem dos 58,8 milhões de kwanzas, na decorrência de 97 casos de danificação de equipamentos, nomeadamente, infra-estruturas, contadores e ramais de ligação.
No mês de Janeiro do ano em curso, a empresa registou um prejuízo avaliado em quatro milhões de kwanzas, fruto de 11 casos de vandalização, com o mês de Fevereiro a ter um registo de 13 milhões kwanzas, com 34 vandalizações. “Registámos um aumento considerável da vandalização dos equipamentos da empresa”, disse o director comercial.
Edilson Rita anunciou o decurso de estudos para averiguar as reais motivações do aumento dos casos de vandalização de equipamentos e adoptar estratégias no sentido de redução dos prejuízos.
“Anteriormente, resolvíamos administrativamente, mas, actualmente, estamos a trabalhar com os órgãos de justiça e temos garantias dos nossos advogados, que em breve alguns casos serão julgados”, advertiu o responsável.