A empresa brasileira EMS Farmacêutica manifestou quarta-feira, em Luanda, o interesse de investir no mercado angolano para impulsionar a indústria farmacêutica, com vista a reduzir a dependência externa de medicamentos e ajudar a fortalecer o sistema nacional de Saúde.
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O representante da EMS em Angola, Ricardo Maz, expressou esse interesse durante um encontro mantido com a Ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, no qual discutiram a viabilidade da implementação da indústria farmacêutica no país, a necessidade de fortalecimento da produção local de medicamentos e o impacto positivo dessa iniciativa para o sector em Angola.
Ricardo Max destacou, ainda, que a iniciativa vai trazer benefícios para Angola, não apenas no abastecimento interno de medicamentos, mas também na criação de oportunidades de emprego e na consolidação do sector Industrial.
O representante da EMS em Angola reconheceu o país como um parceiro estratégico para a internacionalização da empresa, ressaltando o compromisso com a implementação de uma fábrica local, que poderá estimular o sector da Saúde e o desenvolvimento da economia nacional.
“Encontramos em Angola um parceiro ideal para dar continuidade à nossa internacionalização, pois estamos aqui com as portas abertas e com um diálogo com o Executivo para identificarmos a melhor forma de implementar este projecto”, disse.
Esta implementação, disse, vai contribuir para o crescimento da economia e permitir o desenvolvimento de uma indústria farmacêutica ro-busta, capaz de suprir as demandas do país e, futuramente, de outros mercados.
O responsável salientou que a empresa possui experiência acumulada ao longo de 60 anos de actuação no sector Farmacêutico, e garantiu a produção de medicamentos com elevados padrões de qualidade, em conformidade com as exigências internacionais. Além disso, acrescentou, se pode inovar e desenvolver soluções específicas para as necessidades do mercado angolano, o que reforça ainda mais a relevância deste interesse.
Na mesma ocasião, Sílvia Lutucuta referiu que o Governo tem feito investimentos significativos para a melhoria da infra-estrutura hospitalar, na capacitação de profissionais e na logística de distribuição de medicamentos, mas reconheceu a necessidade de uma produção local de medicamentos. “A instalação de uma indústria farmacêutica em Angola vai permitir garantir maior autonomia para a produção de medicamentos essenciais, reduzir custos de importação e, sobretudo, assegurar uma resposta mais célere às necessidades da população”, realçou.
Para a governante, a industrialização do sector farmacêutico terá impacto directo na geração de empregos e no desenvolvimento de competências dos profissionais angolanos.
Sílvia Lutucuta ressaltou que o país oferece um mercado aberto e com oportunidades para investidores, tanto no sector da Saúde como em outras áreas estratégicas da economia.
Estes interesses em investir em território angolano, acrescentou, darão um passo significativo para a consolidação da indústria farmacêutica, um sector prioritário para o Governo, dada a sua importância para a redução da dependência externa, melhoria do acesso a medicamentos e fortalecimento do nosso sistema de saúde” sustentou.
O fortalecimento da indústria farmacêutica, assegurou, é uma prioridade do Executivo, pois contribuirá para a melhoria dos cuidados primários de saúde e para o combate a doenças crónicas e infecciosas, atestando maior acessibilidade a medicamentos de qualidade.
A ministra reiterou o compromisso de o Governo continuar a mobilizar investidores estratégicos para Angola, reforçando que esta iniciativa será fundamental para garantir a produção local de medicamentos essenciais, impulsionar a economia e fortalecer os cuidados primários de saúde no país.