Os administradores dos recém-criados municípios da província do Huambo, no âmbito da nova Divisão Político-Administrativa (DPA), colocam a recuperação das vias de acesso entre as localidades como uma das suas principais prioridades.
Infraestruturas rodoviárias como desafio central
Entre as seis antigas comunas elevadas à categoria de município — Sambo, Chilata, Bimbe, Galanga, Cuima e Alto Hama — apenas as duas últimas contam com estradas asfaltadas. A precariedade das vias tem dificultado a mobilidade e impactado negativamente setores como a agricultura e o comércio.
A administradora municipal da Galanga, Carlota Chilonga, destacou a necessidade urgente de reabilitar a estrada que dá acesso à sede da circunscrição, atualmente em estado avançado de degradação. Segundo ela, a melhoria das infraestruturas rodoviárias é essencial para impulsionar o desenvolvimento econômico e atrair investimentos privados.
Já o administrador do Sambo, Tomás Sancho Sumbelelo, ressaltou que a reabilitação das estradas é um desejo antigo das comunidades locais. Ele alertou que o mau estado das vias tem levado à deterioração de grandes quantidades de produtos agrícolas nos campos de cultivo, desmotivando os camponeses e prejudicando a economia local.
Investimentos para impulsionar a agricultura
A administradora municipal adjunta da Chilata, Felícia Abel, reforçou a necessidade de investimentos urgentes na infraestrutura rodoviária. Segundo ela, a dificuldade no escoamento da produção tem levado à perda de toneladas de alimentos, como batata rena e doce, mandioca, tomate, repolho e milho.
Apesar dos desafios, Abel destacou a determinação dos agricultores locais, que continuam a trabalhar para garantir a segurança alimentar e nutricional da população.
Já a administradora do Cuima, Maria Luísa Liambango, frisou que a melhoria das vias de acesso é fundamental para transformar o município em um polo agrícola estratégico, contribuindo para a diversificação da economia da província.
A recuperação das estradas nos novos municípios do Huambo não é apenas uma questão de mobilidade, mas um fator essencial para o desenvolvimento sustentável da região. Com investimentos adequados, a província poderá fortalecer sua produção agrícola, atrair investidores e melhorar a qualidade de vida das populações locais.
